Casais frisson, como Pitt-Jolie, David e Victoria Beckham, príncipe William e Kate Middleton são fichinhas perto da dupla romântica que marcou época: a linda inglesa Jane Birkin e o muito feio francês Serge Gainsbourg formaram um casal que causou escândalo e estremeceu os agitados, tempestuosos final dos anos 60 e entrou pelos anos 70 adentro ganhando manchetes e provocando polémicas.
Gainsbourg era filho de judeus fugidos da Rússia czarista em 1919. Do pai, grande pianista de formação clássica, herdou a veia musical. Já o resto, sabe-se lá: Gainsbourg, compositor, cantor, ator, diretor e poeta, marcou uma época, marcou um estilo e até o fim da vida, em 2 de março de 1991, aos 62 anos de idade, foi um homem de paixões intensas, sucessos estrondosos e vida desregrada – boêmio de carteirinha, fumava demais, bebia demais, cheirava demais, pulava de mulher em mulher. Não é por acaso que sua vida mereceu um filme, aliás muito bem avaliado: Gainsbourg — O Homem que Amava as Mulheres (Vie Heroïque, 2010, do diretor francês Joann Sfar).
Quando, em 1968, conheceu a bela e jovem atriz inglesa Jane Birkin, nas filmagens de Slogan, Serge Gainsbourg já era o mais feio dos sedutores – e tinha acabado de sair de uma relação com ninguém menos do que Brigitte Bardot. A deusa Bardot, então a mais célebre estrela da França e uma das mais reluzentes do planeta, não quis fazer com ele um dueto para a orgamástica canção Je t’aime… moi non plus. Foi Birkin quem aceitou – o sucesso que a música trouxe (foi proibida no Brasil, em Portugal, na Espanha e no Reino Unido, entre outros países) e a proposta de viver com o parceiro.
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