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Dez16
Lesados BES: acordo prevê recuperação total do investimento
António Garrochinho
Nuno Silva Vieira explica que se trata de um "adiantamento em troca dos direitos jurídicos" dos lesados, para que, depois, possa ser constituída uma equipa de advogados que vai processar os responsáveis pelo que aconteceu. O objetivo é recuperar, na Justiça, a totalidade do dinheiro investido.
O jurista afirma que, nesta altura, os seus clientes já têm uma lista de 87 pessoas e entidades que podem vir a ser processadas.
O acordo, que deve ser anunciado ainda esta semana, diferencia pequenos de grandes investidores. Quem desembolsou mais de 500 mil euros vai receber um total de 50% assim distribuídos: 30% em março de 2017; 10% um ano depois, em 2018; e outros 10% em 2019, ou seja, antes do final da legislatura.
O calendário é o mesmo para quem investiu até meio milhão de euros, com uma fatia inicial de 30% e as duas seguintes de 22,5%.
Nuno Silva Vieira fala num acordo "inédito" e "brilhante", que "prevê expressamente" todas estas condições; e assegura que "não será o contribuinte a pagar" a solução encontrada para os lesados do BES.
Também contactado pela TSF, Ricardo Ângelo, da associação que representa os lesados do papel comercial, fala no "acordo possível", mas está satisfeito, porque "permite às pessoas recuperar as poupanças com alguma rapidez".
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