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Nov16
Mais um que ao longo dos anos tem "engordado" fazendo política para os seus bolsos em pura demagogia mas nunca com medidas para quem tem direitos mas que são negados, o povo. Quem tem feito políticas na europa, no mundo para que a extrema direita e o
António Garrochinho
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Rafael Marchante - Reuters
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, alerta para as semelhanças "flagrantes" de hoje com "a atmosfera europeia" das décadas de 1920 e 1930, falando na "mesma pulsão extremista" e em risco de "hegemonia do populismo".
"As similitudes com a atmosfera europeia dos anos de 1920 e 1930 são flagrantes, com a mesma confusão de valores, a mesma incapacidade de valorizar as alternativas ao centro, o mesmo desprezo pela convivência pacífica, a mesma pulsão extremista, a mesma busca de um qualquer grupo que possa expiar todas as culpas", escreve o ministro num artigo de opinião publicado hoje no jornal Público.
"A verdade é que, hoje, ninguém pode descartar o pior cenário - que a Europa significaria o triunfo da retração nacionalista e a hegemonia do populismo", acrescenta.
Santos Silva diz que há um "padrão que ninguém deve ignorar" nos resultados das eleições e referendos desde 2014 (quando houve votação para o Parlamento europeu).
"O padrão existe e é muito perturbador. Os eleitorados demonstram um enorme mal-estar, que projetam sobre as instituições, os grupos e os compromissos que lhes parecem longínquos ou estranhos. (...) Os mecanismos de racionalização do debate público e escrutínio da informação caíram numa profunda crise, permitindo campanhas políticas vitoriosas fundadas no preconceito e na mentira", escreve.
Santos Silva defende uma "ação firme em favor dos valores, das instituições e da cultura democrática".
"Temos uma batalha muito difícil pela frente, que opõe outra vez a sociedade aberta aos seus inimigos e separa outra vez os que querem virar as nações umas contra as outras e os que entendem ser a cidadania e o mercado comum o único caminho para o desenvolvimento harmonioso da Europa. As armas ao nosso dispor, nessa batalha, são as ideias: os valores e os princípios que os consubstanciam", conclui.
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