08
Abr17
NÃO COMPREENDI (pela minha saudinha)
António Garrochinho
Quando elogio camaradas meus, entre os meus amigos ou publicamente, ou quando o fazia enquanto quadro muito activo do PCP, João Ferreira foi sempre um dos que mais incentivei pela clareza do discurso, pela frontalidade dos temas que abordava, pelo conhecimento das tarefas que desempenhava bem, pela sua inteligência e cultura.
Lamentavelmente estive a vê-lo há pouco na Sic-N frente a um franganote do Cds, de nome Adolfo (puta que o pariu) e pela primeira vez preciso de perguntar: o que é que fizeram ao João?
Este Adolfo de merda, sim porque estou a falar de um medíocre e não de adversário ao nível do João Ferreira, abespinhou-se e exigiu do meu camarada que este explicasse se se demarcava da fome (este romance menor) na Ucrânia e dos milhões de mortos sob a responsabilidade da URSS e do PCUS.
E o João refugiou-se. E o João fez que sim e mais também. E o João disse não o sei o quê sobre a luta anti-fascista do PCP na clandestinidade. Ao que o outro filho da puta do Cds, que se chama Adolfo, ripostava entre dentes, vitorioso: - pois, já sabia que não ias responder.
Mas o que terá levado o meu querido camarada João Ferreira a ficar calado sob a imunda cassete patética da estupidificação neo-fascista sobre a origem da fome dos anos 30 na URSS? Porque não deu um “bailarico” através do materialismo histórico e da ajuda insuperável da dialéctica marxista ao pobre rapaz da extrema-direita? Ao asno ali à disposição para servir de “pushing ball”. Mas pior, ainda (INACEITÁVEL), foi ter ficado calado perante a diarreia de todos os intestinos revolvidos, desde Hitler até ao nosso tempo, da correnteza torrencial (castanha) dos milhões e milhões de mortos do Socialismo sob Stalin?
O João é um camarada brilhante. O João sabe de certeza o mesmo que eu sobre essas duas vis mentiras do fascismo internacional, hoje em dia em processo de recuperação da noite dos facas-longas e da fogueirinha de qualquer “reichstag” ali mesmo à mão.
Guilherme Antunes (facebook)