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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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04
Dez17

No “Christmas” de Cascais não entra o Pai Natal !

António Garrochinho


VÍDEO








Clemente Alves


No “Christmas” de Cascais não entra o Pai Natal !
Na reunião da Câmara, a ter lugar amanhã, 5 de Dezembro, está agendado para ser deliberado um apoio financeiro de 203.000,00€ para a realização por um grupo de interesses privado do “Cascais Christmas Village".
Deliberar, isto é: “legalizar" a decisão já assumida e anunciada (veja-se o vídeo) de pôr a carroça a andar à frente do burro e da vaca, ou não se tratasse dum Christmas.
E quem vai receber o simpático bodo ? : - Ora, nem mais nem menos que a Cofina, Média, SA, dona da CMTV, da revista Sábado e do jornal Correio da Manha, que na última campanha para as autárquicas se fartaram de escrevinhar a favor da candidatura do presidente Carlos Carreiras. - Porque ser grato também é apanágio de ser fino.
Mas vamos lá a ver que “estória” é esta do “Christmas Village”, assim nomeada porque, como em todo o mundo toda a gente sabe, em Cascais todos somos gente fina: todos tocamos piano e falamos british !
Então é assim:
- O presidente Carreiras, feliz e contente pelos resultados do Christmas do ano passado, decidiu invitar de novo o ‘Santa Claus’, que noutras bandas é chamado de Pai Natal, obviamente por gentios nada ilustrados, para vir a Cascais brindar-nos com o Uou-Uou, Uou das suas célebress guturais gargalhadas.
Vai daí, mandou vir ao gabinete dos Paços do seu Concelho o agente artístico exclusivo do Santa, que em terras de Portugal se assina como Cofina SA, para acertarem as condições da presença do simpático barbudo na Villa de Cascais.
Sem pestanejar, o presidente da VIllage, além de oferecer o parque do Marechal Carmona para se assentarem os arraiais do Christmas, de pronto aceitou que a Câmara compense a tão distinta e exclusiva presença do Santa com o modesto pagamento de 203.000,00€ a título de cachet. Importância a transferir para os baús lapónicos a partir dos cofres onde nós, súbditos cascaenses, alegremente depositamos os euros das taxas, tarifas e impostos.
E porque cabedais, pratas e oureis são coisas que por cá tanto abundam, autorizou ainda o querido edil que aos súbditos que acorram ao chateaux do Santa Claus seja colectada a módica maquia de 6,00 a 36,00€, se os infantes se fizerem acompanhar pela respectiva gens.
E que, se além da acostumada carícia, graciosa (?), nas barbas do Santa os infantes e as infantas cascaense também quiserem dar um giro na gigante roda, a habilitar-se a uma escorregadela na pista antártica, ou trepar à bossa do camelo em presença, se insta aos nobres papás que não regateiem abrir mais um pouco os cordões à bolsa.
Pois é: roam-se, “imbejosos” do mundo inteiro. Nós, os de Cascais, somos assim: exclusivos e cosmopolitas !

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