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Mar18
O dia em que o PCP declarou uma “nova fase da vida política nacional”
António Garrochinho
Caminhava o debate quinzenal com o primeiro ministro para a sua fase final, quando o aviso chegou. À boleia do debate do dia anterior e da memória de ver o PS aliado ao PSD e ao CDS para chumbar um conjunto de propostas do PCP e do BE que visavam alterar a legislação laboral: entrámos numa "nova fase da vida política nacional", constatou Jerónimo de Sousa. O secretário-geral do PCP não detalhou os efeitos desta nova fase na estabilidade da atual maioria parlamentar, mas para bom entendedor uma frase bastou para antecipar novos tempos na paz social: "Os trabalhadores saberão dar mais força ao PCP para lutar pelos seus direitos."
António Costa ouviu, registou e explicou que o Governo até concorda com parte dos projetos apresentados no dia anterior pelos parceiros da esquerda. Mas há um problema: "discordamos do timing", justificou, reiterando a intenção de procurar um consenso o mais alargado possível em matérias laborais na concertação social. E voltou à habitual ideia chave a que o Governo recorre quando as reivindicações de BE e PCP aumentam de tom no objetivo de 'destroikar' a legislação laboral. "O que é essencial é que o que consta do Programa de Governo venha a ser aprovado, em matéria de contratação coletiva, direitos individuais, horários e precariedade", defendeu.
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