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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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06
Set16

O diabo ainda não está atrás da porta!

António Garrochinho

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Passos e Cristas voltam a agitar o «papão» da esquerda, numa versão século XXI da «injecção atrás da orelha» ou do «comer criancinhas»!

Os caretos são os que se trajam de diabo no Carnaval
Os atropelos dos discursos de Passos Coelho e Assunção Cristas no passado domingo, insinuando uma disputa pelos votos do eleitorado da direita nos próximos actos eleitorais, onde porventura estará em causa a sobrevivência política de ambos, não disfarça a ânsia do PSD e do CDS pelo regresso ao poder. De facto, os líderes dos partidos da direita parlamentar convergiram nos ataques ao Governo e à actual solução política que a suporta e voltaram a agitar o «papão» da esquerda, numa versão século XXI da «injecção atrás da orelha» ou do «comer criancinhas».
Agora, falam em tragédias como consequência das políticas do actual governo, procurando caracterizar desta forma a reversão de medidas gravosas impostas pela governação da anterior maioria e que constam das posições conjuntas entre o PS, o PCP, o BE e o PEV. É o tal diabo à solta em Setembro de que falou o líder do PSD.
Mas a verdade é que os discursos de Passos Coelho e Assunção Cristas, e não só os de domingo passado, não apresentam propostas ou novas ideias para o futuro. O que prometem é o regresso puro e duro às políticas da anterior legislatura, nomeadamente da promiscuidade entre negócios privados e actividades públicas, com privatizações, liberalizações e desregulamentações laborais e sociais, a degradação dos serviços públicos e o fim do investimento público.
Do que verdadeiramente se trata é de, em articulação com as instituições europeias, procurar condicionar o Orçamento do Estado do próximo ano e, naturalmente, os acordos que sustentam o Governo do PS.
Ora, o diabo ainda não está atrás da porta e pode mesmo não vir a estar se, em 2017,  o Salário Mínimo Nacional subir de novo, as pensões e reformas tiverem um aumento digno, o Serviço Nacional de Saúde contemplar melhorias, nomeadamente com mais médicos e enfermeiros, a Caixa Geral de Depósitos reforçar a sua intervenção enquanto banco público e o investimento público retomar.
Estes são, apenas, alguns dos exemplos das catástrofes iminentes de que falam PSD e CDS, que, seguramente, não atingirão a esmagadora maioria dos portugueses mas, sim, os interesses dos grandes grupos económicos e da alta finança, que tanto preocupam Coelho e Cristas.

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