09
Jul18
O EMPIRICISMO COMO NEGAÇÃO DA ACÇÃO REVOLUCIONÁRIA
António Garrochinho
O EMPIRICISMO COMO NEGAÇÃO DA ACÇÃO REVOLUCIONÁRIA
Não há nenhuma hipótese de se saber mais se não se estudar. A compreensão de qualquer teoria sem a análise trabalhada da cientificidade adquirida é o mesmo que malhar em ferro frio. O modo sensitivo da experiência acumulada não é suficiente para responder com eficácia sabedora aos problemas de como se pode alterar radicalmente esta ou aquela realidade em confronto. O desleixo a que foi votado globalmente, desde há muito, este aspecto vital do desenvolvimento das capacidades ideológicas de todos e de cada um, fez menos forte, inevitavelmente, o colectivo dos trabalhadores portugueses e do seu insubstituível Partido de vanguarda, o PCP.
Aos que se ouve dizer que o que é mesmo preciso é a acção da entrega do panfleto, é a invasão da luta de rua, que basta de “parlapié”, etc, se afirma que essa necessidade revolucionária só fará sentido se estiver alicerçada na RAZÃO absorvida de saber convicto por que iniciaste este ou aquele movimento de ruptura.
Di-lo Stalin! «Naturalmente, a teoria deixa de ter objecto quando não se vincula à prática revolucionária, exactamente do mesmo modo que a prática se torna cega se não ilumina o caminho com a teoria revolucionária. Mas a teoria pode converter-se em formidável força do movimento operário se é elaborada em união indissolúvel com a prática revolucionária, porque ela, E SOMENTE ELA, pode dar ao movimento segurança, capacidade de orientação e compreensão dos laços íntimos dos acontecimentos que se verificam em torno de nós, porque ela, E SOMENTE ELA, pode ajudar na prática a compreender, não só como e em que direcção se movem as classes no momento presente, mas também como e em que direcção deverão mover-se no futuro próximo. E foi precisamente Lenine quem disse e repetiu dezenas de vezes a conhecida tese de que: "Sem teoria revolucionária não pode haver movimento revolucionário".» (vol. IV, pág. 380).