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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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20
Abr18

Olha o Passarinho! Olha os gases!

António Garrochinho



A técnica de chamar a atenção para uma imagem ilusória para esconder uma realidade é antiga, mas de resultados garantidos. Os carteiristas apontam um reflexo de sol para nos meterem a mão no bolso, os truques do ilusionismo de circo baseiam-se no grito: ó patego, olha o balão! No caso, ó patego olha para outro lado enquanto eu faço o que quero!
As barragem de notícias do mais recente ataque químico perto de Damasco revela estarmos em pleno truque para pategos olharem o balão . Os donos do circo colocaram os seus melhores ilusionistas a fazer os espectadores fixarem-se no “passarinho” para não pensarem (e logo não verem) o que estão a maquinar.
Agora o passarinho são as dificuldades dos inspetores da Organização para o Controlo das Armas Químicas (OPWC) estão a encontrar, por oposição dos russos e do governo sírio, para chegarem ao bairro e fazerem o seu trabalho.
Pura mistificação: os governos que agora acusam os russos e os sírios de dificultar a ação dos inspectores já tinham decidido que ocorrera um ataque, que esse ataque fora da responsabilidade do governo sírio e já o puniram com ataques de belos misseis, inteligentes e modernos. Que interesse têm agora na inspecção? Nenhuma, a não ser continuar a iludir a opinião publica e manter a pressão na comunicação social para justificar novas acções, sem provas.
Ou, caso os inspetores concluam não ter existido ataque, o trio atacante pedirá desculpas e indemnizará a Síria? E restituirá o dinheiro dos bilhetes aos espetadores enganados que somos nós?
A questão das dificuldades dos inspectores da OPWC é um “olha o passarinho” e há muita gente a olhar para o passarinho. Por detrás do olha o passarinho dos inspectores, que os malandros não deixam trabalhar, encontra-se apenas o pretexto para manter acesa a chama do embuste do real ataque à Síria.
Tivesse existido ou não ataque químico, fosse ele da responsabilidade de quem fosse, os Estados Unidos, a Inglaterra e a França já agiram como lhes convinha. Atacaram a Síria e realizaram mais uma operação de desgaste do governo para se apoderarem do controlo do território Sírio.
Este é o objectivo, tudo o resto são pretextos. Para o caso, tanto serve o ataque químico, como uma praga de gafanhotos, ou uma epidemia de sarna.
Estamos como na velha anedota do lobo que se atirou ao cordeiro porque ele estava a poluir a água de um ribeiro. Perante a resposta do cordeiro de que nem estava perto da água, a resposta do lobo foi idêntica à destes humanitaríssimos políticos do trio atacante: se não foste tu pode ter sido o teu pai.
Se não houve ataque químico, podia ter havido, se não foram os sírios de Assad podiam ter sido, eles estão decididos a comer esta Síria que não facilita o ataque ao Irão, que é rica em petróleo e gás, que se situa na rota dos pipelines.
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